Dentro desta ação acontecerá também a discussão de encerramento da SOU//17h30
Trazendo relações diretas da panfletagem com a extensão virtual dos corpos dos habitantes da cidade, Jefferson Kielwagen propõe uma reflexão: Em tempos de Laerte e Teresa Brant, discussões sobre identidade e gênero estão em pauta. As redes sociais exploram os modelos tradicionais de identidade de gênero para oferecer serviços de publicidade dirigida a nichos – uma prática que não ajuda a descontruir os papéis de gênero tradicionais, pelo contrário, sob a influência onipresente das redes sociais, esses papéis parecem mais imutáveis do que nunca. Transgenerismo Virtual é um contraponto poético e politico a essa situação.
Essa proposta é a versão brasileira de Virtual Transgenderism, um projeto iniciado em 2012 e que tem como meio principal as interações e notificações do Facebook. Uma página do Facebook foi criada (facebook.com/VirtualTrans) para divulgar tutoriais, em idiomas diversos, incentivando e ensinando os usuários a alterar o “sexo” de seus perfis para o oposto. Ao efetuar a mudança de sexo virtual, o usuário impacta todos os seus contatos porque as notificações de suas atividades passam a ser exibidas com pronomes do sexo oposto (por exemplo, “Jefferson postou uma foto no mural DELA”). Isso gera um estranhamento que inicia conversas, interações e sugestões de uma normatividade de gênero nas redes sociais. Ao mesmo tempo, a mudança expõe o “truque” do Facebook: ao alterar-se as informações pessoais no perfil, o usuário passa a receber anúncios de produtos diferentes.
Para a SOU, o projeto é apresentado como uma espécie de campanha, apropriando-se da forma das campanhas políticas, das campanhas publicitárias, e do proselitismo religioso, onde artistas convidados realizam a panfletagem desse tutorial produzido pelo artista.
Onde: Praça Nereu Ramos.
Quando: Quarta-feira, 11/12, a partir das 19h
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Merda Magazine #0
Palavras-chaves:
Alan Cichela,
Arte,
Ctrl+j,
Jonas Esteves,
Marcos Keller,
Merda Magazine,
revista
Postado por #Mau#Kun#
Postado por #Mau#Kun#
Para quem gosta de Arte, Quadrinhos, ilustrações e maneiras menos tradicionais (do que uma galeria) de ver obras de arte. Surge a MERDA Magazine
Idealizada e realizada por Alan Cichela, Jonas Esteves e Marcos Keller.
Os três produzindo, editando, colaborando e fazendo uma curadoria em uma revista voltada para as artes visuais, ilustração, quadrinhos, literatura, música e tudo o mais que considerarmos relevante para um debate crítico, ou apenas um lazer voluntário.
A primeira edição da revista já pode ser conferida na integra Aqui
Para saber mais sobre os trabalhos dos artistas, confira nos Links :
Com a intenção de despertar o olhar do leitor criciumense para a produção local, a proposta LEVE, de Luana Conti, propõe uma invasão poética de textos de escritores locais nos ônibus que circulam pela cidade. O trabalho, em uma ação simples de colar adesivos com trechos de texto na janela dos ônibus, ativa o espaço intermediário entre um destino e outro, transformando-o em um espaço de fruição literária e cria novas janelas para consumo da produção local.
Onde: Terminais Central / Pinheirinho / Amarelinhos
Quando: Quinta-feira, 12h (intervenção permanente)
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Luana Conti é de Criciúma, estudante de Bacharelado em Tecnologias da Informação e Comunicação, na Universidade Federal de Santa Catarina, e sugestivamente apaixonada por tecnologia, pessoas e comunicação. Aspirante (obcecada) à escritora, entende por poema tudo aquilo que é bonito e existe até no feio de cada um, mas que não tem dono a partir do momento que se leva pro mundo ou pro coração de outrem; pra ela, poesia é, no máximo, por aluguel com pagamento em suaves prestações de suspiros - e tenta replicar isso por meio do Poesia de Aluguel.
A proposta de A. Neumaier se conecta diretamente com o espaço urbano mais especificamente com o terminal de ônibus. Sua proposta é uma instalação que tem como objetivo principal potencializar os terminais urbanos como espaços de socialização, e não somente como espaços de passagem.
Utilizando materiais descartados de serigrafia, resultado da obsolescência programada de materiais da indústria, A. Neumaier cria um espaço de relaxamento em pleno terminal central, questionando o local de passagem e o local de permanência, e com isso despertando nosso olhar para o passageiro e o seu trânsito/parado. Ao colocar os dispositivos para descanso com paisagens incomuns aquele espaço, ela cria uma Ação/Lugar de permanência, questionando habitações e a corrida desenfreada do dia-a-dia.
Onde: Terminal Central
Quando: Sexta-feira, 11/12, durante todo o dia (instalação)
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A. Neumaier natural de Santa Maria, RS onde graduou-se bacharel em Desenho e Plástica, especializou-se em design para estamparia na mesma universidade. Reside em Santa Catarina na cidade de Cocal do Sul há 19 anos, transferiu-se para SC para atuar na área de design cerâmico e na área de educação atuando como professora do curso de Artes Visuais da Unesc. Participou de várias exposições desde 1986, nas áreas de estamparia têxtil, pintura, xilogravura. Em seus objetos de arte explora os temas da infância, da memória, com materiais alternativos e reciclados através da gravura (serigrafia), pintura, colagem e costura, como palimpsestos, explorando a fusão de cores e sobreposição de texturas.
Em meio ao caos urbano a Sossiedade Urbana questiona o movimento desenfreado como uma corrida contra o tempo, evitando o inevitável: A morte. Fugindo do assunto, transformando-o em metafísico na premissa de que “se eu não falar, ela não existe”, diariamente as pessoas são empurradas pelo tempo que parece correr cada vez mais rápido em direção sem fim. As pessoas procuram se ocupar com muitas coisas para evitar o pensamento de que este tempo cronológico é cruel e não volta atrás. De maneira bem humorada e tratando esse destino, a intervenção que acontecerá em vários pontos da cidade, com a colocação de cartazes, questiona “VOCÊ ACHA QUE ENGANA A MORTE?”
Onde: Vários pontos da cidade (Av. Centenário, Parque das Nações, Av. Santos Dumont, Rod. Luiz Rosso, Pç do Congresso, Pç Nereu Ramos e Sebo Alternativo.)
Quando: Terça-feira (intervenção permanente)
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Sossiedade Urbana é um projeto proposto pelas artistas Fernanda Piccolo e Rosane Machado de Andrade que propõe sátira, descontração e crítica social. Seus trabalhos incluem fotos e frases que deixam ao espectador o sabor das interpretações de quem as visita. O Sossiedade surgiu pela necessidade das artistas de tentarem mostrar um novo olhar poético sobre a realidade e partilhar suas inquietações, indagações... ou até mesmo, acomodações. Fernanda Piccolo, estudante e natural de Criciúma, com vontades e sonhos que ultrapassam os limites da cidade, atua principalmente por meio de suas fotografias. Já Rosane Machado de Andrade, natural de Uruguaiana, mas com uma bagagem de diversos pontos e muitas histórias, atua como professora, advogada e possui programetes na rádio. Juntas vivem buscando essências e procuram mostrar como tudo pode mudar dependendo o ângulo do qual é olhado.
Chegou a hora de conhecermos melhor os artistas e as propostas selecionadas para a Semana de Ocupação Urbana que rola na próxima semana.
A semana começa com a Rua Monstro da artista Deise Pessi.
Você já teve medo? Daqueles noturnos, de ter monstro embaixo da cama, dentro do armário, atrás do sofá, na escuridão, ou aqueles grandes das florestas? Pois bem, no fundo, no fundo, tudo era fruto de uma bela imaginação. Os monstros saem do imaginário e vão para a rua. Passam a fazer parte do cotidiano da cidade. Alias, será que estamos trazendo-os para a realidade ou entrando no imaginário?
Procurando o sensível a artista Deise Pessi cria sua “Rua Monstro” realizando uma intervenção em 10 pontos de paradas de ônibus, despertando o olhar criativo e imaginativo, questionando a realidade da passagem antes corriqueira de uma Rua. A ação começa na segunda e se estende pelo resto da semana.
A Rua Monstro é parte de um projeto maior da artista que pretende desenvolver a partir desta proposta materiais a serem trabalhos nas escolas do município.
Onde:
Rodovia Luiz Rosso – Bairro São Luiz
Quando: Inicio na segunda feira, se estendendo ao longo da semana. (intervenção permanente)
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Quando: Inicio na segunda feira, se estendendo ao longo da semana. (intervenção permanente)
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Deise Pessi é natural de Criciúma, professora de artes formada pela Universidade do Extremo Sul Catarinense e artista visual que transforma sentimentos, sonhos, emoções e imaginação em poesia, pintura, desenhos, artes e fotografia. É uma criatura de outro planeta, um monstro, que diz ser nascida em um asteroide e que não sabe como veio parar aqui, mas que gosta muito da sua cidade.
Propostas selecionadas para a Semana de Ocupação Urbana:
TRANSGENERISMO VIRTUAL, por Jefferson Kielwagen (EAST LANSING / EUA)
Rua Monstro por Deise Pessi (Criciúma/SC)
RELAXART por A. Neumaier (Cocal do Sul/SC)
Leve por Luana Conti (Criciúma/SC)
Você acha que engana a morte? por Sossiedade Urbana (Criciúma/SC)
ca-FÉ por Frank Raupp (Criciúma/SC)
Recebemos ao todo 16 propostas. Foram analisadas num primeiro momento a viabilidade de sua execução e selecionadas num segundo momento as propostas cuja justificativa se adequasse aos objetivos da Semana de Ocupação Urbana de acordo com os aspectos estabelecidos no edital:
- Propostas site specific, performances, instalações, ações efêmeras.
- Soluções que propiciem a participação do transeunte, buscando interatividade.
- Trabalhos que tratem a precariedade dos espaços, ativando o uso dos espaços públicos da cidade e/ou tenham abordagem e posicionamento em relação ao lugar de execução.
Em breve divulgaremos a programação completa e mais informações sobre cada proposta.
Agradecemos a participação de todos e parabéns aos selecionados!
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SOBRE O SOU
A SEMANA DE OCUPAÇÃO URBANA (SOU) surgiu como resposta às últimas movimentações sociais e políticas presentes de ocupação das ruas e a emergência dessas práticas no contexto também da arte e é um projeto aprovado em agosto pelo Edital nº 003/2013 Cultura Criciúma, que regulamenta a concessão de recursos financeiros destinados a incentivar atividades culturais na cidade de Criciúma/SC, de acordo com o que determina a Lei 6.158, de 24/09/2012.
O Laborativo acredita que é preciso também encarar o próprio espaço urbano como um novo espaço às práticas artísticas, sendo concebível que muitos artistas, não por acaso, têm colocado a cidade, cada vez mais como personagem principal de suas produções. Por isso queremos, através desta iniciativa, incentivar e possibilitar os artistas, principalmente os iniciantes, a desenvolverem propostas artísticas que ultrapassem o espaço tradicional das galerias e museus, ocupando o espaço urbano de Criciúma (SC), construindo um novo olhar de apreciação estética sobre a cidade, e desafiando os habitantes a ativar e ocupar os espaços que lhe são de direito.
A SEMANA DE OCUPAÇÃO URBANA pretende através de um edital aberto a pessoas físicas, selecionar 6 (seis) propostas artísticas a serem executadas nos espaços públicos de Criciúma.
As propostas poderão ser individuais ou coletivas, de temática livre, destinadas e executadas em um espaço público a ser escolhido pelo próprio artista dentro da sua proposta encaminhada.
As propostas selecionadas receberão um incentivo financeiro de R$ 400,00.
Leia o edital
Acesse o formulário de inscrição
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SOBRE O SOU
A SEMANA DE OCUPAÇÃO URBANA (SOU) surgiu como resposta às últimas movimentações sociais e políticas presentes de ocupação das ruas e a emergência dessas práticas no contexto também da arte e é um projeto aprovado em agosto pelo Edital nº 003/2013 Cultura Criciúma, que regulamenta a concessão de recursos financeiros destinados a incentivar atividades culturais na cidade de Criciúma/SC, de acordo com o que determina a Lei 6.158, de 24/09/2012.
Venho através desta postagem relatar um infeliz ocorrido nesse dia 04 de outubro e dos dias que vinham a seguir no MARGS- Museu de Artes do Rio Grande do Sul.
O Laborativo como um coletivo que pensa os espaços da cidade, do coletivo e a relação do sujeito com ele não pode ficar de fora deste assunto!
O MARGS realizou na sexta-feira dia 4, o primeiro jantar para a criação do fundo de aquisições para as coleções de Arte Brasileira Contemporânea e Arte Estrangeira Contemporânea do Museu de Arte do Rio Grande do Sul, esta última criada no final de 2012.
Um jantar com direito a castiçais de velas, que segundo relatos, ocorreu no segundo andar do museu lugar que em tese é proibido comer, mascar chicletes etc.., e onde como se sabe é ocupado pelas obras do Tony Smith, Mario Garcia, e Luiz Roque...
Como eu, pessoalmente não vivi os fatos, deixo aqui a CARTA ABERTA dos mediadores do MARGS e o depoimento de um Mediador de outro espaço, e faço minha as palavras, para que com possamos pensar o papel de uma instituição de Arte.
p.s.: A Carta é extensa (e os grifos são meus) mas vale a pena ler. Ela estava disponível aqui.
ATUALIZAÇÃO
18/10/2013
Devido a grande repercussão, e como já havíamos anunciado nas redes sociais, retiramos a carta desta postagem.
Considerações sobre a 9ª Bienal do Mercosul | Porto Alegre
Palavras-chaves:
Allan McCollum,
Anthony Arrobo,
Bienal do Mercosul,
Bik Van der Pol,
David Medalla,
Luis F. Benedit,
Luiz Roque,
MARGS,
Memorial do RS,
Museu Iberê Camargo,
Nicolás Bacal,
Santander Cultural,
Tony Smith
Postado por Vanessa Biff
Postado por Vanessa Biff
Estivemos na 9ª Bienal do Mercosul | Porto Alegre e tão breve eu e a Ana Clara elaboramos nossas humildes considerações que constam a seguir:
+Já postamos um panoroma geral sobre esta 9ª edição: aqui,
O QUE FICOU?
Se eu tivesse que dizer em poucas palavras o conceito dessa bienal eu provavelmente apostaria neste: obras que parecem algo que não é!
Diamantes feitos com cabelo, pedras preciosas feito de cera, satélite que cai no guaíba, lula-gigante, esponjas de água doce de feltros de lã... dentre outros.
/ BIENAL SEM VÍDEO
Pois bem...diferente das outras bienais, essa se destaca em parte pela ausência de videos, acho que se vimos cinco foi muito, o que tornou essa bienal menos "carregada".
A quantidade de videos em uma bienal é geralmente problemática, mas ao meu ver, vídeo é a concepção mais próxima de amor a primeira vista em uma bienal, porque para você ver ele inteiro, ele realmente tem que te conquistar.
Vídeo em espaço aberto é complicado, interfere nas outras obras, mas geralmente se tem banquinho a probabilidade de você sentar e assistir só para descansar alguns minutos é bem grande!
Se é em sala fechada, me parece mais interessante, quem já foi no Beto Carreiro vai entender, parece que estamos adentrando na Monga - risos - pois geralmente vamos entrando de fininho, aglomerando-se pelas entradas porque geralmente é bem escuro, e então pode acontecer duas coisas: a cena da hora te convence, e você decide permanecer (minha teoria do amor a primeira vista), ou se não, você permanece mais uns segundos e sai da maneira que entrou... vazio. (e sem amor) :(
/ BIENAL DA LEITURA vs. SEM SACO CHEIO
Talvez tenha sido a primeira bienal que tenhamos efetivamente apreciado quase todas as obras, sem ficar de saco cheio... (ou seja, sem procurar videos e banquinhos), no entanto confesso que a procura pelos textos (muitos textos) nunca foi tão importante.
E isso me lembrou uma coisinha.
PPPP (Productos Peruanos Para Pensar) na 30ª Bienal de SP Foto: Vanessa Biff |
Algo que dispensamos, com exceção de domingo pela manhã na orla do Guaíba, foi a visita em grupo e consequentemente a mediação... já que somos VIP e tínhamos um mediador pessoal.
Se na bienal de SP o hype era o mapa, nessa eram os textos e o Mauricio. ♥
Sendo VIP'S com mediador pessoal |
Nosso roteiro era claro:
- Sábado: Santander, Memorial e Margs.
- Domingo: Usina do Gasômetro e Museu Iberê Camargo.
Começamos nossa visita pela performance E se a lua estivesse apenas a um salto de distância? na Praça da Alfândega, que nos primeiros minutinhos me convenceu, pois fala do uso dos espaços públicos, algo bastante recorrente na minha pesquisa... porém depois parecia uma dinâmica de grupo, por fim o Mauricio chegou e não sei de que maneira aquilo terminou, mas merece menção por ser o primeiro contato na Bienal.
Bik Van der Pol. Se a lua estivesse a apenas a um salto de distância?, 2013 Foto: Fernanda Picolo |
NO SANTANDER?
No Santander muitas coisas nos chamaram atenção, desde a musa de lama, ao diamante com cabelo, lula-gigante, mantos tecidos com fios que vão da terra até a troposfera...
A obra abaixo me conquistou simplesmente por uma situação engraçada, imaginem a cena: Adria, doutorando em Geologia, tentava me explicar o que seria Fulguritos, termo presente no texto e que caracterizariam os objetos...
Fulguritos são minerais que se formam quando uma descarga atmosférica (ou um raio) atinge a areia de praias (chamadas também de areias quartzosas). A sílica, um dos componentes da areia, se funde devido ao calor da descarga atmosférica, formando uma estrutura de aspecto vitrificado (parece vidro) e tubular.
....até que o Mauricio, nosso mediador pessoal, resume a explicação afirmando "são cocôs de relâmpago" ♥ comonãoamar? ♥
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cocôzinhos de relâmpagos Allan McCollum. O evento: relâmpago petrificado na Flórida Central (com didática suplementar), 1997-1998. Foto: Adria Guerrero Costa |
...MEMORIAL DO RSssss
No memorial fomos recepcionados pelo tapete de ferrugem, que só ele já dá uma novelinha. Segundo nosso mediador pessoal, a obra não contava com aquelas grades de proteção, elas foram colocadas após a obra ser pisoteada logo na abertura da bienal.
Anthony Arrobo. Crime perfeito, 2013 Foto: Fernanda Picolo |
Crime perfeito é sensacional, por dois motivos... primeiro estéticamente, pois num primeiro momento eu achei que fosse algo transparente e não é!
Na verdade é uma escultura em forma de pedra, sendo que a pedra que serviu de molde está submersa no fundo do Guaíba. E ai vem a sacada: crime perfeito é transformar a escultura em um original, ao invés de considerá-la uma réplica. :)
Outra obra bacaninha, é O Vetor da Saudade, do argentino Nicolás Bacal...que não temos fotos. Mas é um telefone que convida o público a fazer ligação para o número 0800-0000-130.
Para saber do que se trata... LIGUEM JÁ!
Gente, é sério, pode ligar!
MARGS
No Margs... ~~ muito amor a primeira vista ~~ pelo video do Luiz Roque, Ano Branco, que mostra um futuro na qual a mudança de gênero não será considerado doença, SIM, a transexualidade está na lista de doenças mentais na OMS, da mesma forma como homossexualidade, e que como justifica a Ana Clara: "amor por falar de um futuro que poderia estar acontecendo agora, e que na verdade é um absurdo não estar acontecendo agora." (PICOLO, 2013)
Nosso domingo começou com uma expedição até a obra de Aleksandra Mir que simula a queda de um satélite. Foram quase 2km muito agradáveis pela orla do guaíba, que rendeu para alguns amigos um belo bronzeado e para outros centenas de fotinhos de paisagens - risos - no entanto me decepcionei, parece que este tempo deveria ter sido convertido em apreciação na Usina do Gasômetro que nos meus pensamentos seria o coração da Bienal.
E isso me leva ao próximo tópico...
U-S-I-N-A-D-O-G-A-SÔ-M-E-T-R-O
Não sei se o cansaço ou o que, lê-se apenas 3 horas de sono (um salve pra galera do 304), o espaço me lembrou a tristeza da Bienal do Vazio, corpos arrastados, obras espalhadas, atenção breve para os Portões de nuvem, e a obra do Hans Haacke, artista por qual me apaixonei na Bienal de SP, mas prefiro ficar com a imagem do Gasômetro de 2007, apesar de sermos agraciados com um terraço lindo de sol.
Lindos no Terraço da Usina |
Por fim, como não dá pra citar tudo... não poderíamos deixar de colocar as obras monumentais desta edição, que foram remontadas especialmente para a Bienal.
Robert Rauschenberg. Musa de lama, 1969/2013 Foto: Fernanda Picolo
|
David Medalla. Portões de nuvem. 1965/2013 Foto: Ana Clara Picolo |
A Ana Clara pontuou algo bacana, que já havíamos informado na postagem anterior, algumas obras foram comissionadas entre artistas e empresas especialmente para a Bienal. E mesmo elas partindo de um tema bastante individual, de uma maneira muito estranha elas se relacionam, no entanto esse caráter de experimentos e invenções nos processos artísticos de "pesquisa+artes+tecnologia", numa mostra de arte em suas relações com a ciência, a natureza, a comunicação e a tecnologia nos fez sentir em uma grande de feira de ciências.
I-B-E-R-E-Z-I-N-H-O (assinatura de bicicleta)
No final visitamos o incrível Museu Ibere Camargo, que não faz parte da Bienal, mas que merece atenção, porém não farei grandes considerações... apenas terminarei essa postagem com esta obra SENSACIONAL!
É isso pessoal, esperamos que tenham desfrutado.
E agora uma foto bônus ESPECIALMENTE PRO MAURICIO!
Mauricio, sim! Suas ideias devem ser levadas a sério. <3
Depois de muito sofrimento... fico feliz em dizer que no próximo final de semana estaremos visitando a 9ª Bienal do Mercosul, e por isso achei que seria conveniente concentrar algumas informações básicas a respeito da mostra. O texto está longo... mas não desanime! Vamos lá?
O título dessa 9ª edição é “Se o clima for favorável”, o que remete à reflexão sobre quando e como, por quem e por que certos trabalhos de arte e ideias ganham ou perdem visibilidade em um dado momento no tempo, - eu achei isso um pouco confuso - uma ambiguidade que tanto pode representar o tempo físico quanto uma disposição individual.
As mostras se concentram no Margs, no Santander, no Memorial do Rio Grande do Sul e na Usina do Gasômetro.
Mas porque não ta mais rolando no cais do porto?
Parece que tem umas reformas previstas na região.
Fonte: Bloger Lerina |
Sinais de fumaça marcaram o inicio dos trabalhos para 9ª Bienal e fazem parte das estratégias de comunicação ligadas ao seu conceito curatorial: ao utilizar formas rudimentares de comunicar-se com o público, a curadoria da bienal quer discutir as transformações históricas na tecnologia da comunicação através dos séculos – dos sinais de fumaça ao twitter.
Fonte: 9ª Bienal do Mercosul |
A 9ª Bienal do Mercosul | Porto Alegre - reparem que agora diferente das outras edições, Porto Alegre faz parte do seu nome - não tem logomarca específica; em vez disso, o estúdio de design Project Projects criou um sistema tipográfico especialmente para a edição, denominado justamente de Porto Alegre. O conjunto de símbolos adapta pictogramas retirados de diferentes contextos científicos – desde cartas meteorológicas e mapas de condições climáticas até versões prototípicas da tabela periódica. Ao referenciar um amplo espectro de significados, cada letra atua como um microcosmo de tradução e comunicação codificada.
A Bienal de modo geral está divida em três pilares principais: Portais, previsões e arquipélagos, Encontros na Ilha e Redes de Formação.
Portais, previsões e arquipélagos
Compreende a parte expositiva da 9ª Bienal que aborda a arte como portais para outros mundos.
Inclui trabalhos que são explorações estéticas em diálogo com a biologia marinha; estudos do inconsciente; caças ao tesouro; desastres naturais, movimentos tectônicos e atividades de mineração que provocam a mobilidade social e migrações biopolíticas; explorações aéreas relacionadas à tecnologia espacial, a partir de satélites, ficção científica e de estudos de nuvens e barreiras de som.
Compõem a exposição obras históricas e novas. Além disso, a exposição apresenta projetos artísticos criados por colaborações entre artistas e empresas ou centros de pesquisa que trabalham com recursos naturais e/ou tecnologia avançada.
Esses projetos compõe as Máquinas da Imaginação.
Luiz Roque. Ano Branco. 10 min. Fonte: Zero Hora |
Parte deles são apresentados em uma série de palestras, recitais e performances denominada Ekphrasis: são projetos baseados no tempo ou no processo, efêmeros ou destrutíveis, de natureza praticamente invisível, ou simplesmente delicados ou monumentais demais para serem transportados.
A exposição também inclui obras de arte, performances e outros eventos que estão no espaço intermediário ou mesmo fora das ideias descritas anteriormente. Alguns dos seus autores são considerados forças gravitacionais na hipótese curatorial, e algumas das obras são arquipélagos, ilhas conceituais dentro da exposição. Entendeu?
Encontros na Ilha
Fonte: E-flux |
Encontros na Ilha é uma série de viagens mensais até a ilha do Presídio, de maio a novembro de 2013. Para cada uma dessas viagens de campo, um grupo de cerca de dez artistas, intelectuais e educadores foi convidado a participar da discussão proposta no encontro. Cada um dos convidados contribui com dois textos: um antes da viagem, denominado Percepções, e outro depois da viagem e da discussão realizada, as Reflexões. Além desses textos, seis ensaios sobre ilhas e prisões foram comissionados como Inflexões do programa – seus autores são considerados os capitães dos encontros. Por fim, em cada encontro um artista contribui com suas Impressões visuais sobre ilhas em geral e sobre um encontro em particular. Todas as contribuições são publicadas progressivamente no website da 9ª Bienal.
Redes de Formação
Invenção Caseira criada por Bruno Gustavo Silva. Fonte: Facebook |
O projeto pedagógico da 9ª Bienal realiza a Escola Caseira de Invenção – misto de oficina de inventos, espaço de trabalho, ateliê e laboratório –, que foca em atividades ligadas a temas como tecnologia, invenção, gambiarra e processos poéticos em arte e educação. Sediada no Memorial do Rio Grande do Sul, a Escola Caseira de Invenção funciona no período da mostra, de 13 de setembro a 10 de novembro.
De maneira geral é isso, para terminar deixo como sugestão o site da bienal, e recomendo a leitura do Manual para os Curiosos disponível na sessão de downloads.
Esperamos em breve postar nossas considerações a respeito desta edição :)
Não podíamos deixar de divulgar!
Nesta quarta-feira (20/08) na Galeria de Arte Octávia Búrigo Gaidzinski acontece a abertura da mostra EXECUTE-SE do artista Jonas Esteves.
A exposição faz parte do projeto Arte no Singular, desenvolvido pelo SESC, que prevê exposições individuais de artistas locais em cidades de atuação do SESC, que visa dar visibilidade e incentivo a produção das artes visuais na cidade, ampliando a compreensão em relação à arte produzida por seus artistas.
A mostra EXECUTE-SE, que conta com a curadoria de Claudia Zimmer (Doutoranda, PPGAV-UFRGS), traz parte das investigações do artista acerca do funcionamento das máquinas, transfiguradas em engenhocas que podemos encontrar nas páginas de seu caderno de anotações. Como uma espécie de manual de instruções que aglutina texto e desenho, a exposição faz coincidir a ordenação a outrem, a ordenação à máquina e a ordenação ao próprio artista a fim de dar “vida” às coisas.
Robôs estão presentes há tempos na ficção científica. Na minha infância, tive bastante contato com desenhos em que o protagonista contava com o auxílio de robôs. Para além do auxílio, esses robôs e máquinas possuíam autonomia... e isso era o que mais me instigava. Adorava Super Máquina (seriado), Pole Position (desenho), entre tantos outros conteúdos que envolviam robótica. Mas, afora essa influência, eu queria saber como as coisas funcionavam, a parte elétrica, a mecânica, enfim... e meus primeiros brinquedos foram fonte dessa curiosidade, sendo que isso desencadeou o processo de criar meus próprios brinquedos. A partir daí fui desenvolvendo técnicas e aprendendo sobre o funcionamento das coisas sem manuais de instruções. Eram brinquedos quebrados, motores queimados e planos frustrados até começar a ter os primeiros resultados. Toda essa experiência adquirida foi se unindo a novos e retomando antigos projetos por uma busca de autonomia das coisas, tendo ainda como fator, talvez, a procura por preencher uma ausência...Jonas, em conversa com Claudia Zimmer
Serviço
O quê: Mostra “EXECUTE-SE”, de Jonas Esteves
Quando: 28/08/2013, 20h (abertura). Até 27/09/13
Onde: Galeria de Arte Octávia Búrigo Gaidzinski (anexa ao Teatro Elias Angeloni)
Quanto: Gratuito
Mais informações e visitas mediadas:
(48) 3431-0153
galeriadeartefcc@gmail.com / arteeducacaofcc@gmail.com
Realização: SESC
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Jonas Esteves, conhecido artisticamente como Ctrl J, é um artista atento aos meios tecnológicos, busca a interatividade do público com suas obras, trabalha com meios tecnológicos e mídias digitais. O início de suas produções artísticas se deu através de pesquisa sobre artistas que trabalham com arte e tecnologia, como Stelarc - artista performático australiano, com fortes influências no futurismo, Giselle Beiguelman - artista multimídia, e curadora e Otavio Donasci artista plástico e performista teatral entre outros. Com embasamento nesses artistas, Jonas foi desenvolvendo o gosto pela tecnologia que tinha desde criança. Com o tempo buscou resposta para a poética que pretendia trabalhar e se aperfeiçoou em mecânica e eletricidade, para a melhor execução de suas obras. (MAZZUCHETTI, 2012)
Visite o blog do artista: http://ideactrlj.blogspot.com.br/
Projeto "Semana de Ocupação Urbana" aprovado no Edital Cultura Criciúma!
Palavras-chaves:
Arte,
Arte Pública,
Arte Urbana,
Artes Visuais,
cidade,
Criciúma,
Edital,
Edital Cultura Criciúma,
Laborativo,
Projetos,
Semana de Ocupação Urbana
Postado por Ana Clara Picolo
Postado por Ana Clara Picolo
Alô alô gente bonita!
Com muita alegria comunicamos que um dos projetos que inscrevemos no Edital
003/2013 CULTURA CRICIÚMA foi SELECIONADO!
Nosso Projeto prevê a realização
da "Semana de Ocupação Urbana" que pretende executar 6
propostas artísticas de artistas iniciantes, que dinamizem e qualifiquem a
ocupação dos espaços públicos da cidade de Criciúma, e possibilite aos
habitantes novas formas de interação e fruição artístico-cultural.
Em breve iremos disponibilizar
mais informações! Aguardem o Edital da Semana de Ocupação Urbana para
inscrever suas propostas!! :)
Sobre o Edital 003/2013 CULTURA
CRICIÚMA:
O edital regulamenta a concessão de recursos financeiros
destinada a incentivar atividades culturais na cidade de Criciúma/SC, de acordo
com o que determina a Lei 6.158, de 24/09/2012.
+info aqui
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