Sobre os fatos ocorridos em 4 de outubro de 2013 - MARGS




Venho através desta postagem relatar um infeliz ocorrido nesse dia 04 de outubro e dos dias que vinham a seguir no MARGS- Museu de Artes do Rio Grande do Sul.

O Laborativo como um coletivo que pensa os espaços da cidade, do coletivo e a relação do sujeito com ele não pode ficar de fora deste assunto!


        

O MARGS realizou na sexta-feira dia 4, o primeiro jantar para a criação do fundo de aquisições para as coleções de Arte Brasileira Contemporânea e Arte Estrangeira Contemporânea do Museu de Arte do Rio Grande do Sul, esta última criada no final de 2012.

Um jantar com direito a castiçais de velas, que segundo relatos, ocorreu no segundo andar do museu lugar que em tese é proibido comer, mascar chicletes etc.., e onde como se sabe é ocupado pelas obras do Tony Smith, Mario Garcia, e Luiz Roque...


Como eu, pessoalmente não vivi os fatos, deixo aqui a CARTA ABERTA dos mediadores do MARGS e o depoimento de um Mediador de outro espaço, e faço minha as palavras, para que com possamos pensar o papel de uma instituição de Arte.


p.s.: A Carta é extensa (e os grifos são meus) mas vale a pena ler. Ela estava disponível aqui. 


ATUALIZAÇÃO

 18/10/2013

Devido a grande repercussão, e como já havíamos anunciado nas redes sociais, retiramos a carta desta postagem.




Abaixo ainda segue a postagem de um Mediador em seu facebook: 


"Enquanto o público gaúcho cotidianamente se depara com as portas de um museu fechadas, rigidez e irredutibilidade por parte da equipe de segurança dessa instituição sob o argumento de estarem zelando pela preservação e conservação dos trabalhos, no mesmo espaço público, em horário de exceção, os mesmos (chamados pela equipe do museu) 'patronos do museu' fazem um jantar A LUZ DE VELAS no meio do espaço expositivo, jantar este que custava 2 mil reais para cada um da associação de amigos e interessados em participar. Esse grupo seleto, jantou a luz de velas embaixo de uma obra que compõe a mostra da 9° Bienal do Mercosul que tem como suporte papelão e possui a forma de uma 'caverna', as fotos do álbum do próprio museu mostram uma elite minoritária desfilando com champanhe em meio ao espaço e aos trabalhos. E você, estudante, pesquisador e público? Já entrou no MARGS com uma garrafa de água para matar a sede? Já entrou no MARGS com uma câmera digital sem ser interpelado pela equipe de segurança? Esse é o nível de descompromisso que temos na nossa gestão pública, inclusive no setor da cultura. Estou de luto por esta ostentação desmedida que presencio nas fotos, repudio essa atitude e repudio acima de tudo essa gestão incoerente e desmedida deste diretor, que inclusive publicou a obra: "Dilemas da Matéria: preservação e conservação em arte contemporânea.". 



         


              
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